Megadeth: da Gigantour às Nações Unidas.


Saudações.
Em 2005, ao mesmo tempo em que organizava e dava início a uma série de festivais itinerantes - o Gigantour - Dave Mustaine estava em estúdio preparando um novo disco. Com ele estavam Glen Drover (guitarras), James LoMenzo (baixo) e Shawn Drover (bateria), dessa vez efetivados como membros da banda (e não mais apenas músicos de estúdio). O décimo-primeiro disco, batizado de "United Abominations", foi lançado em 08 de maio de 2007, exclusivamente no Japão, com uma faixa extra: a versão da Megadeth para "Out on the Tiles",  da Led Zeppelin. Com um novo Vic Rattlehead, redesenhado por John Lorenzi, e um alto teor político nas letras, Mustaine deixava claro que planejava voos a longo prazo, orientando a banda para o futuro. As críticas foram positivas, destacando o talento da banda para estabelecer suas composições sobre guitarras sempre velozes e precisas (só a Rolling Stone não entendeu a proposta e classificou o disco como "mais do mesmo que a banda fez por décadas"). "Sleepwalker" abre o álbum com a típica sonoridade Thrash dos anos 80. "Washington Is Next!" traz guitarras precisas, bem encaixadas e que deixam claro que Mustaine sabe o que está fazendo. "Never Walk Alone... A Call to Arms" virou vídeo. "United Abominations" e suas críticas contundentes chegaram a ser rebatidas pela própria Nações Unidas através de um longo e desnecessário artigo assinado que em nada se relacionava com as recentes permissividades da tal entidade. "Gears of War" se inspirou e virou tema do jogo de mesmo nome. "Blessed Are the Dead" é mais cadenciada mas mesmo assim mantém a qualidade da Megadeth de usar as guitarras para imprimir uma identidade às suas músicas. "Play for Blood" mostra uma sonoridade que, baseada nas construções tradicionais da Megadeth, aproxima-se do que sobrou de bom da época de Risk (1999). Ponto pra Mustaine. "À Tout le Monde (Set Me Free)", nova versão da original de 95, apresenta Cristina Scabbia, vocalista da Lacuna Coil, em dueto com Mustaine. "Amerikhastan" é minha favorita. A letra descreve a humanidade da forma como ela tem se constituído sobre violência e ambição. Mustaine pouco canta nesta faixa, é verdade, mas as verdades que ele diz precisavam ser ditas. "You're Dead" e "Burnt Ice" encerram o álbum de forma cadenciada e pesada. Melhor impossível. As cópias compradas antes do lançamento (pré-venda) tinham ainda a faixa "Black Swan", mas isso é irrelevante. O importante mesmo era que a Megadeth tinha conseguido se recompor como banda e registrado um de seus melhores trabalhos até aquela data. Mustaine continuava talentoso e técnico o bastante para permanecer no panteão dos heróis do Metal e a nova formação havia contribuído bastante para a sua retomada. Novamente tudo parecia conspirar em favor da Megadeth.

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