O preço

Muitas bandas se tornaram famosas por sua versatilidade, a capacidade de compor e tocar músicas de outros estilos com a mesma qualidade. Entre essas bandas, destaco a Led Zeppelin, que pode ser considerada uma banda híbrida. Sim, não tinham um estilo realmente definido, cada um de seus álbuns mudava de conceito. 
Na contra mão disso, estão as bandas que nunca se atreveram a mudar de estilo. Como a AC/DC, são bons ? Sim, eu sou fã. Mas são os reis de mesmice, devem ser uma das poucas bandas que fazem plágio de si mesmos. O que faz de seus álbuns, principalmente os da era Brian Johnson, um tanto quanto cansativos. Mas tudo bem, isso é o que os fãs queriam, e banda resolveu nunca desafiá-los.
Pensei essa postagem para falar de uma banda em especial, a banda que pode ser considerado o ultimo gigante do mundo do rock, se levarmos em conta sua qualidade técnica. Revolucionários, foram o grande símbolo de uma nova fase do Metal, o Thrash Metal. 
Formada no início dos anos 80, a Metallica se consolidou no mundo da música como uma banda de Thrash Metal. Considerando-se que seus três primeiros álbuns, pertencem incontestavelmente ao estilo. 
Com  o passar do tempo, a banda foi se aventurando, criando músicas um pouco diferentes das suas tradicionais. Até que surgiu, em 91, o Black Album, o marco da traição ao estilo, com músicas como Nothing Else Matters. O álbum foi aclamado pela crítica, e execrado pelos fãs mais antigos, todos sabemos que fãs de metal são os mais fiéis ao estilo que existem. A banda ignorou as reclamações, e continuou por este caminho. Acrescentaram pianos em algumas música, fizeram um show com o apoio de uma orquestra sinfônica. Apesar de um tropeço ou outro, como St. Anger, até que se deram bem.
Quem diz que eles tentam imitar a U2 está cometendo um tremendo exagero, mesmo que suas músicas não estejam  mais tão agressivas como antes, a banda continua com um som pesado. 
Isso pode ser considerado como coragem, exclusiva de músicos que não sentem medo de errar, que buscam inovar para sair da mesmice. Para não serem chamados de repetitivos, alguém dúvida que seria assim ?  A Metallica atingiu um nível de maturidade muito grande, mesmo que a voz de Hetfield não seja mais a mesma, digo que eles estão em seu auge técnico. Tudo o que precisam neste momento, é algo que agrade a gregos e troianos, e nós sabemos que isso será difícil.
Cabe aos fãs, que continuam lotando os shows, entenderem que a banda evoluiu. Que envelheceram, e será difícil voltarem a compor uma nova "Metal Militia". E finalmente, amadureçam como eles amadureceram, parem de reclamar com a barriga cheia.








É isso galera, espero que tenham gostado e entendido. Até a próxima.

4 comentários:

  1. Saudações, Novaes.

    Todas as paixões cegam e acho que a paixão pelo Rock acaba nos confundindo, impossibilitando-nos de ver o óbvio: que o tempo passa e as pessoas mudam por dentro e por fora.

    E, jovens, acreditem: isso é natural!

    Não é uma conspiração mundial das multinacionais, do sistema, nem nada. Faz parte do crescimento e do amadurecimento humano - portanto é saudável e muitas vezes imprescindível!

    Sou fã incondicional do álbum "Kill'em All". Acho que nele, mesmo sem saber (inspiração), a Metallica (com importante participação de Dave Mustaine, devo mencionar) rompeu os limites do Heavy Metal e abriu uma nova perspectiva para o gênero.

    Só que em 1983, quando esse disco foi lançado, ninguém sabia (nem tinha parâmetros e distanciamento para saber) disso! O que houve na época foi uma identificação imediata com o estilo mais rápido e agressivo de tocar Metal.

    Só o tempo pôde mostrar e comprovar a importância daquele disco (talento da banda). Os méritos do registro nunca serão discutidos e ponto final.

    Mesmo assim, aquele meu momento de catarse com "Kill'em All", jamais se apagará - mas também jamais se repetirá porque, primeiro eu já não era mais o mesmo (de antes de ouvir aquele álbum) e segundo porque a banda também jamais seria a mesma (de antes de gravar aquele disco).

    Em outras palavras: AMADURECEMOS.

    Talvez se aquele disco e eu tivéssemos nos encontrado em outro momento da minha vida não causaria em mim o mesmo efeito. Talvez se o disco viesse à luz em outro momento, antes ou depois, talvez também não repercutisse tanto. O fato é que houve uma combinação de fatores que não se repetirão.

    Agora pasmem:
    em algum lugar desse mundo, nesse exato momento, deve haver alguém pensando que esse mesmo argumento cabe para o seu próprio encontro com qualquer outro disco, de qualquer outra banda.

    E é verdade. Serve mesmo.

    Música é uma experiência pessoal, tanto para quem cria quanto para que aprecia.

    Por isso é tão fascista - e infantil - criticar a preferência alheia.

    Por isso é tão fascista - e infantil - criticar mudanças na sonoridade/personalidade musical de uma banda.

    Traição seria ouvir dos autores de uma obra que reverenciamos que aquele material - que representou tanto pra nós num determinado momento de nossas vidas - deve ser esquecido, apagado, desconsiderado.

    Tudo o que foi estabelecido pela Metallica em "Kill'em All" (sonoridade, filosofia etc) permanece e permanecerá quer Hetfield e cia convertam-se e integrem-se ao Opus Dei, quer eles abandonem as guitarras para sempre e tornem-se megaespeculadores da bolsa de valores.

    Mas isso não há de acontecer (será?)

    Enfim, é isso.

    Parabéns pelo artigo e até.

    Um (grande mas necessário) parênteses:

    gosto do "Ride the Lightning", do "Masters of Puppets", do "..And Justice for All" e do "Death Magnetic" mas neles eu sinto que Hetfield, Ulrich, Hammett e Burton/Newsted/Trujillo já sabiam onde pisavam (e até por isso, puderam apurar melhor o que faziam - por isso esses discos são sempre citados como referências do Thrash Metal).

    Gosto ainda dos subestimados "Metallica" (o "Álbum Preto") e "St.Anger". Embora diferentes em sonoridade representam um momento importante da banda em relação a eles próprios. A maioria dos fãs prefere não saber mas as bandas não são "suas propriedades", nem "seus representantes", portano não são obrigados a fazer somente o que os fãs almejam.
    Isso chama-se liberdade, lembram-se?

    Quanto a "Load" e "Reload" acho que deveriam ter sido "filtrados" e lançado num único disco, com menos faixas, dando um sentido de continuidade ao "Black Album". Mesmo assim pairariam sobre a obra a dúvida se ela seria espontânea mesmo ou apenas uma resposta à explosão do Rock Alternativo e aos anseios da Indústria (tendo em vista vendas e público) na época.

    Agora sim.
    Obrigado pelo espaço e pela paciência.

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  2. Obrigado pelo comentário.
    Vejo que você poderia ter feito essa postagem no meu lugar, acredito que com mais qualidade.

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  3. Concordo integralmente com o post e também com o adendo feito pelo amigo Hellraser, e gostaria de destacar a coletânia de covers Garage Inc., afinal nela podemos ver o contraste entre a fase mais viceral do Metallica dos anos 80 e a atual, mais melódica e melhor trabalhada tecnicamente devido à experiência dos músicos. É incrível como é possível gostar de músicas como Helpless, Last Caress, Am I Evil ou Blitzkrieg e também se identificar com Turn The Pages, Whiskey In The Jar, entre outras, mesmo elas sendo de estilos tão diferentes.

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  4. Só tenho uma coisa a dizer a respeito da mudança no estilo do MetallicA: Cliff Burton. Sem mais

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