Realmente algumas coisas são difíceis de descrever devido à qualidade impressionante a que são impostas, mesmo assim vou tentar descrever com toda a minha emoção a minha experiência musical da noite passada...
Nunca vou me esquecer de mais ou menos 4 anos atrás, quando eu conversava com um amigo pelo msn, e de repente ele me envia uma música e diz "Ouve essa, é muito boa". Quando eu abro aquele arquivo entitulado "02-The Logical Song" me deparo com uma das mais belas composições musicais que já tinha ouvido até ali, um rock leve, com letras maravilhosas, sem necessidade de guitarras distorcidas e com um saxofone excepcional, isso é Supertramp.
Quando eu ouvi aquela música, nunca imaginaria que depois de uns anos eu pudesse ter a oportunidade de ouvir ao vivo aquela voz que me emocionou, me encantou e me animou em tanto momentos nesses anos. Mas, a oportunidade veio, e desenbolsando R$70,00 de meio-ingresso, aguardei ansiosamente pelo show.
Realmente não pensava que iria lotar o show, era chamado de Roger Hodgson, faziam poucas menções ao nome Supertramp, na realidade não era mesmo o Supertramp, é claro. Mas quando meu relógio marcava 22:00 era impressionante a quantidade de pessoas que lotava o local. Olhando para o palco ansiosamente reparo nos instrumentos postos e nas plantas que davam um toque exotico para a decoração de um show.
É quando Roger entra no palco e todos vão ao delírio, todos gritavam muito e ovacionavam aquele grande ícone da música, e assim, começa o show, com a clássica "Take a Long Way Home". O que atrapalha um pouco esses shows internacionais é que as pessoas que não entendem inglês batem palma a cada frase dita pelo vocalista quando ele tenta se comunicar com o público, mas foi tudo bem, Roger parecia estar adorando a excitação daquelas pessoas.
Reparando na banda que o acompanhava, além de Roger tinha um baterista, um baixista e um outro cara que tocava de tudo, saxofone, flauta, gaita, corneta, chocalho, além de cantar muito bem, esse cara até roubou um pouco da cena do Roger em alguns pedaços do show, seus solos de saxofone eram incríveis, atrevo-me a dizer que eram até melhores que os do saxofonista do Supertramp, mesmo que fossem iguais os solos a serem tocados.
No término de "Take a Long Way Home", Roger pega seu violão, e assim, metade do público já tinha sacado qual seria a próxima música, e começa, então, "Give a Little Bit", nessas músicas mais famosas o povo cantava fervorosamente, valendo até um elogio de Roger que disse "You sing very well".
E o show continuou, variando em músicas animadas e a maioria das músicas mais lenta, o público cantava junto e ficava de pé a cada música mais conhecida que chegava, foi assim com "Give a Little Bit", "The Logical Song" e "Breakfast in America", e o tempo foi passando sem que pudéssemos perceber que o fim do show de aproximava, foi quando a multidão ficou mais eufórica, quando ele tocou "Dreamer" e ao final de muitos "Olê, Olê, Olê, Olê, Roger, Roger!"(típico brasileiro) ele disse "I like the Brazil because the people have passion" e em seguida depois de mais aplausos "There's one more song", foi aí que me toquei que o show realmente já havia passado por completo.
Quando Roger se retirou do palco, começou de novo a gritaria de "Olê, Olê, Olê, Olê, Roger, Roger!", todos sabem que show assim sempre tem Bis... E ele volta ao palco com uma jaqueta do Brasil, da seleção, e pega o violão e nos acompanha naquele "Olê Olê", toca mais uma música, e encerra finalmente o show com a música "It's Raining Again", com o público cantando tão alto quanto Roger, foi incrível.
Realmente foi uma experiência única, segundo ele, ele pode voltar ano que vem, vamos esperar e se realmente voltar, recomendo a todos que leêm esse blog(alguem lê?) para que assistam o show, pode ser pesado no bolso, mas vale cada centavo e cada tempo esperado para ver.
Beto,
ResponderExcluirEu também fui ao show de BH. Foi emocionante. Imagina o meu caso, que conheci a banda desde de 1977, através da música Babaji, cantada por quem?
Em 1998, passeando com os meus filhos pelo bairro, eis que tenho uma surpresa: "Show do Roger Hodgson no antigo Ginástico próximo a praça Milton Campos !!!" Na época o ingresso era R$ 15,00 e o pessoal tinha dificuldade de associar o nome Roger Hodgson com SuperTramp...
O show foi muito bom também! Beto sou de uma época que não se imaginava ter sua banda predileta cantando no Brasil, muito menos em BH. Não sei se é muita pretensão minha, mas ajudei a divulgar o nome de "BH", através dos chat´s e dos e-mails que eu mandei para o site do Roger deste o começo de 2.000! Mas uma coisa que me deixou mutio feliz foi a receptividade dos mineiros junto ao idolo. Os gringos ficam fascinados com o calor de nós brasileiros e sempre tem vontade de tocar aqui no Brasil.
Um abraço e até a próxima!
O show foi fantástico e sua descrição me fez voltar ao show. Meus parabéns!!
ResponderExcluirOlê Olê Olê Olê ROgerrr rogerrrr
Alessio, com certeza, o que mais me impressionou foi essa receptividade mineira quanto ao Roger, quando ele falou que os brasileiros tinham paixão, não teve como duvidar, tomara que ele volte, eu torço do fundo do meu coração
ResponderExcluirCaro Beto,
ResponderExcluirAssim como o Alessio, eu tive no Supertramp a trilha sonora de minha adolescência... assisti ao Supertramp (sem o Roger) em 1987 no Hollywood Rock, no Rio de Janeiro, e ao próprio Roger em BH, em 1998. Fantásticos! Eu me atrevo a dizer que as letras do Supertramp deram o tom de muitas das coisas boas de minha personalidade...
Foi muito legal, no sábado passado, vê-lo dizendo que "Hide in Your Shell" foi uma música que escreveu em um momento difícil, porque ela própria me chegou em um momento difícil, e que "Even in the quietest moments" foi "recebida" quase em transe espiritual, porque foi assim que sempre a interpretei.
Eu acho realmente que somos privilegiados por tê-lo aqui, por duas vezes, como tivemos, porque Roger Hodgson é uma ilha de qualidade e sensibilidade que resiste no cenário musical atual anódino e pasteurizado.
Abraços,
Renato