Dave Mustaine / 2002. |
Saudações.
O ano de 2002 definitivamente não foi dos melhores para Dave Mustaine. Da corriqueira internação para tratar de problemas renais (o famoso cálculo renal) à estranha contusão surgida - supõe-se - após o guitarrista ter adormecido com o braço esquerdo sobre a guarda de uma cadeira (?!), tudo parecia conspirar contra a Megadeth. Mas o pior ainda estava por vir: a compressão do nervo radial que levou o guitarrista ao tratamento no Texas mostrou-se mais problemática do que se imaginava, deixando Mustaine sem conseguir sequer fechar o punho esquerdo! O que poderia ser pior pra ele? Amputação?! Um dos guitarristas mais precisos e velozes que o Metal já gerou, agora, não conseguia nem mesmo segurar uma guitarra - que dirá tocá-la!! Em abril do mesmo ano Mustaine anunciou que aquele era o ponto final da história da Megadeth e que, a partir de então, iniciaria sua batalha particular para tratar-se da tal neuropatia radial. Os fãs não queriam acreditar na história, afinal como podia o destino ser tão sádico e tirar de Mustaine seu maior dom: o de tocar guitarra? Por questões contratuais a Megadeth ainda lançou a compilação "Still Alive... and Well?", com gravações ao vivo e sobras de estúdio, mas o fim já estava decretado e era irreversível. O baterista Jimmy DeGrasso e Dave Ellefson, baixista e co-fundador da Megadeth, fundaram a F5. Ellefson participou ainda de diversos outros projetos como a Killing Machine, Temple of Brutality e Avian. Al Pitrelli, por sua vez, voltou a tocar com a Trans-Siberian Orchestra. Durante os quatro meses seguintes Mustaine mergulhou numa intensa rotina de exames e fisioterapia, cinco dias por semana. Sua mão teve que, praticamente, recomeçar do zero, ser novamente ensinada a realizar desde simples movimentos, como pinçar e segurar, até movimentos mais complexos envolvendo coordenação, como escrever e tocar guitarra. O tratamento, que incluiu até mesmo eletrochoques, aos poucos foi dando resultados e após um ano (outubro de 2003) Mustaine já conseguia planejar um disco solo que marcaria seu retorno à música. Algumas sessões até foram gravadas mas o projeto, contudo, teve que ser adiado. Motivo: a Capitol Records, velha conhecida da banda, ofereceu à Mustaine a oportunidade de remixar e remasterizar todos os álbuns da banda lançados por eles. Mustaine aceitou a proposta e foi mais longe, regravando parte do material que havia se perdido - ou sido retirado - da mixagem original. Os fãs enxergaram na iniciativa um pequeno - embora não-oficial - sinal de volta à ativa., mas para Mustaine já era uma vitória simplesmente poder voltar a tocar.
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