Joumana Haddad e o feminismo moderno.


Joumana Haddad é jornalista, poeta e tradutora libanesa.
Autora do livro “Eu matei Sherazade – confissões de uma árabe enfurecida”, Haddad está participando da Fliporto 2011, que está acontecendo em Olinda, Pernambuco.

Em passagem pelo Brasil a autora conversou sobre sua obra e disse que matar a heroína (Sherazade) é uma mensagem para que as mulheres não abram mão dos seus direitos básicos, resistam e se rebelem contra a postura de assumir o papel de vítima.

A saber: em ‘As Mil e uma Noites’, clássico da literatura árabe, a personagem Sherazade precisa contar histórias todos os dias ao rei para evitar que ele a mate, submetendo-se a negociar, assim, um direito que todos têm - o direito à vida. Para Haddad as mulheres "reais" são tão, ou mais, submissas que a personagem e precisam lutar por liberdade e coragem.

Haddad é, ainda, editora da revista Jasad (Corpo, em árabe), sobre sexualidade, e posiciona-se frontalmente contra as religiões monoteístas, que, para ela, são a base das sociedades patriarcais.

De suas breves declarações, destaco a seguinte:
“Para mim, as mulheres que usam burca na Arábia são iguais a essas mulheres-fruta. Ambas são oprimidas pelo patriarcalismo. As primeiras são obrigadas pelas autoridades machistas a usar véu para serem canceladas, apagadas, como se não existissem. As outras são tratadas como acessório pelos homens. Os dois tipos são exemplo da Sherazade que eu matei”.

Haddad vai estar na segunda-feira (14/11/11), às 19h, em um painel da Fliporto para tratar desses e de outros assuntos pertinentes.

Mais informações sobre Joumana Haddad aqui.

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