Morte ao excesso de saudosismo: O rock não morreu!

É incontável o número de vezes  que escutamos essa frase: " Não se faz rock como antigamente". Será que quem solta uma frase dessas já parou pra pensar um pouco?
Provavelmente, isso foi o que os jovens da década de 50 falaram sobre a música dos anos 70. Época que nós, os que "nasceram na década errada", idolatramos. E é, na opinião de muitos, a melhor década do Rock.
Ou seja, muitos que viveram naquele período não apreciavam aquela música. Na verdade, detestavam por ser um lixo sonoro. Não era o rock puro, limpo, e revolucionário que embalou toda uma geração.
Amigo, o rock  clássico não é um estilo musical puro. É a fusão do blues, country e provavelmente mais alguma coisa que está fora dos meus conhecimentos. Ele foi revolucionário por isso, ser o filho bastardo que se tornou mais poderoso que seus pais.
O rock era algo novo, deu um choque de ânimo no mundo. Assustou os conservadores e atiçou os garotos.
Continuou assim por décadas, sempre se renovando para que os jovens das gerações seguintes também não se cansassem. Nesse período, muitas outros estilos foram assimilados ao rock. O que gerou uma série de vertentes: Hard; Punk; Glam; etc.
Mas o tempo passa, e surgem outros estilos musicais como o rap e o pop. Que até usaram alguns elementos básicos do rock para se dar bem. Começaram a se sobressair, e bater de frente com o todo poderoso Rock and Roll.
O estilo sofreu uma perda de popularidade por parar de apresentar novidades interessantes. Será ?
Todos sabemos que o último grande "rugido" do rock foi com o Grunge na primeira metade dos anos 90. De lá pra cá, não houve nada que chacoalhasse o mundo. Começaram a surgir bandas de rock alternativo, que de fato fizeram e ainda fazem bastante sucesso. Mas foram abandonando atitudes marcantes das bandas de rock. Como, por exemplo, os solos de guitarra bem formulados. 
E assim. Nós, pobres coitados, começamos a olhar intensamente para o passado, exaltando a qualidade inegável dos músicos daquela época, mas acabamos virando as costas para as bandas que vão surgindo.  Mas quando as bandas começam a entrar na mídia... eis que vem " Isso é lixo", "Olha o cabelo desses caras", "Que palhaçada, usar sombra no olho e esmalte nas unhas".
Não posso dizer que gosto do visual das bandas de rock atuais, mas que moral um fã do Kiss ( não se esqueçam do período "Unmasked")  tem pra falar isso?  Ou um fã do Mötley Crüe? Os caras pareciam um bando de travecos, só não ficaram marcados assim... bom, pelo que faziam nos camarins. Talvez essa seja a única diferença, a maioria dos roqueiros de hoje é mais certinha. Afinal, exemplos negativos não faltam, né ?! 
Enfim, não estou dizendo que todas as bandas de hoje são boas, a maioria é uma merda mesmo. Mas temos bandas razoavelmente novas que dão conta do recado, como Godsmack, Foo Fighters e Avenged Sevenfold, a última foi a que obteve o maior ganho de popularidade entre os jovens, por razões que não queriam. Perderam um de seus membros (Jimmy Sullivan, 28) por overdose acidental de calmantes.  Mas sua popularidade é justificável, são excelentes tecnicamente e não fazem mais do mesmo. Criaram seu próprio estilo.
Agora me lembro de uma frase do músico Elvis Costello, onde ele diz que, "talvez, neste momento haja um garoto com uma guitarra e ele pode estar criando o novo rock".  
O rock nunca fica preso ao passado, é um estilo que evolui de acordo com sua época. Por isso nunca será o mesmo de 10 ou 20 anos atrás. 
Não há escapatória, nossos ídolos já saíram de seu auge e em breve estarão aposentados. O rock viverá enquanto esse "garoto" existir.




Bom, é isso. Espero que tenham gostado, que a postagem tenha servido pra alguma coisa... e que não hajam tantos erros de português. Abraço, até a próxima.


2 comentários:

  1. Arrebentou Novaes,parabéns pelo Post!

    Abraços,
    Lucas Caldeira

    ResponderExcluir
  2. Saudações, Novaes.
    É realmente empolgante ler uma postagem assim, tão pessoal e contundente. No meu tempo chamavam isso de ATITUDE, hoje em dia não sei.
    Aliás, aí está o ponto:
    o tempo passa - pro Rock e pra nós!
    Você está coberto de razão quando diz que dezenas, talvez centenas, de boas bandas continuam surgindo a cada dia. Você mesmo citou suas preferidas e aposto que, com um pouco mais de tempo pra pensar, seria capaz de citar várias.
    Mas quanto tempo levará pra uma delas ser considerada clássica?
    Aliás,
    o que torna uma banda CLÁSSICA, referência para as gerações seguintes?
    Na minha humilde opinião essa equação é assim:
    DISCOGRAFIA X RELEVÂNCIA
    se uma banda for capaz de registrar bons álbuns, e esses discos permanecerem relevantes COM O PASSAR DO TEMPO, com certeza a banda alcançará o Olimpo do Rock, tornando-se praticamente inquestionável.
    Em outras palavras:
    dê tempo ao tempo e ele se encarregará de separar o joio do trigo.
    (conselho de um velho roqueiro que ainda se emociona ao encontrar uma boa nova banda dando sopa por aí)

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